Conflitos armados na África fecham 14 mil escolas

Mapa parte da África Gabão Misto Brasília
Mapa de parte da África com o Gabão e Angola/Arquivo/Reproduçào

A África Subsaariana é responsável por cerca de 30% de todas as crianças que não frequentam a escola em todo o mundo

Por Misto Brasil – DF

Os conflitos armados em curso na África Ocidental e Central devastaram comunidades e deslocaram milhões de pessoas, interrompendo a educação de cerca de 2,8 milhões de crianças, de acordo com um relatório recente das Nações Unidas.

Mais de 14 mil escolas nessas regiões foram fechadas até o segundo trimestre de 2024 – mil escolas a mais do que no ano anterior.

O número global de crianças fora da escola totaliza 250 milhões, de acordo com dados de 2023 da Unesco, confirme informou a Agência DW.

A África Subsaariana é responsável por cerca de 30% de todas as crianças que não frequentam a escola em todo o mundo, e esse número está aumentando.

“O principal desafio que elas enfrentam não está relacionado à obtenção de educação, mas sim ao acesso às necessidades básicas de sobrevivência – alimentos, água e serviços médicos”, disse à DW Ibrahim Baba Shatambaya, professor de ciências políticas da Usmanu Danfodiyo University Sokoto, na Nigéria.

Além disso, há a questão da violência que afeta diretamente as escolas. “A educação está sob cerco na África Ocidental e Central.

O direcionamento deliberado de escolas e a negação sistêmica da educação por causa do conflito é nada menos que uma catástrofe”, disse Hassane Hamadou, diretor regional do Conselho Norueguês de Refugiados.

Países como Nigéria, Camarões, Burkina Faso, Mali e República Democrática do Congo estão sofrendo o impacto dessa crise, onde escolas são repetidamente atacadas por grupos armados.

A Nigéria, o país mais populoso da África, está enfrentando uma grave crise educacional. Mais de 15,2 milhões de crianças estão fora da escola, de acordo com a Unesco.

O problema afeta principalmente a parte norte do país, afetada pela insurgência da organização terrorista islâmica Boko Haram e pela crise de sequestros nas últimas décadas.

A disparidade regional é confirmada pelos números – as regiões noroeste e nordeste da Nigéria contam com 8 milhões e 5 milhões de crianças fora da escola, respectivamente, em comparação com a parte sul, onde 2,5 milhões estão fora das salas de aula.

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