O preço da carne bovina tem registrado uma elevação significativa nos últimos três meses. Também aumentou a carne de frango e suína
Por Misto Brasil – DF
O consumidor brasileiro precisou desembolsar mais para adquirir ovos e carne bovina e suína em outubro, conforme aponta o novo levantamento Variações de Preços: Brasil & Regiões, da Neogrid
No período, o preço médio do ovo registrou alta de 7,7%, saltando de R$ 0,77 em setembro para R$ 0,83. A carne bovina teve incremento de 5,6% (de R$ 33,38 para R$ 35,24), enquanto a proteína suína subiu 5,3% (R$ 16,61 para R$ 17,49).
O preço da carne bovina tem registrado uma elevação significativa nos últimos três meses. Em agosto, quando o valor médio por quilo era de R$ 31,51, o ciclo pecuário atravessava um período de baixa, com um grande volume de bovinos disponíveis para abate.
Durante o terceiro trimestre de 2024, por exemplo, foram abatidas 10,33 milhões de cabeças de gado, segundo a Pesquisa Trimestral da Pecuária do IBGE.
Atualmente, o cenário se inverteu: com o envio de fêmeas para o abate, o número de nascimentos de bezerros diminuiu, o que tem levado à redução da oferta de carne bovina.
“Esse aumento também pode ser explicado pela seca histórica severa que atingiu o Brasil, combinada com as queimadas”, comentou head de Customer Success e Insights da Neogrid, Anna Fercher.
Produtos como o óleo e o frango também registraram elevações no preço de 4,7% e 3,3%, respectivamente.
Em contrapartida, as categorias que apresentaram as maiores quedas no valor médio entre setembro e outubro foram legumes (-6,6%), farinha de mandioca (-3,7%), creme dental (-2,3%), leite em pó (-1,6%) e leite UHT (-1,4%).
Na região Centro-Oeste, as maiores variações de alta ocorreram nas seguintes categorias: carne suína (11,1%); frango (9,9%); carne bovina (6,2%); detergente líquido (5,6%) e óleo (5,3%).
As principais quedas se concentraram nestas categorias: creme dental (-3,0%); leite em pó (-2,8%); sal (-2,2%); água mineral (-1,8%) e shampoo (-1,8%).