Os presidentes da Câmara e Senado disseram nesta sexta-feira que a Casa terá “boa vontade” com a análise de medidas de cortes de gastos
Por Misto Brasil – DF
Após fechar na maior cotação nominal da história, o dólar comercial ampliou os ganhos ante o real nesta sexta-feira (29) e chegou a superar os R$ 6,10, em meio à desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo.
No início da tarde, contudo, a moeda zerou os ganhos e passou a operar entre leves perdas e ganhos. Às 12h43 (horário de Brasília), a divisa operava com leve alta de 0,06%, a R$ 5,99.
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O movimento ocorre após falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Lira disse nesta sexta-feira (29) que a Casa terá “boa vontade” com a análise de medidas de cortes de gastos e que qualquer iniciativa de renúncia de receitas será avaliada pelos parlamentares somente no ano que vem, com uma análise cuidadosa das fontes de financiamento.
Pacheco disse que a proposta mais controversa apresentada, a isenção de Imposto de Renda (IR) para contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais, só se tornará realidade se houver “condições fiscais” para isso, apontou.
Em nota publicada em seu site oficial, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu quem é o principal culpado pela disparada do dólar, que bateu R$ 6,10 na manhã desta sexta-feira (29).
Com o título “Faria Lima versus Brasil: quem lucra com o dólar a R$ 5,91”, o texto publicado horas depois da entrevista coletiva dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Rui Costa (Casa Civil) com o detalhamento das medidas do pacote fiscal
A taca o mercado financeiro e isenta totalmente o governo federal e o próprio presidente Lula Lula pela escalada do dólar.