Conforme dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, 783 servidores públicos foram presos em operações da Polícia Federal, em todo o País, entre 2013 e março de 2017, como na Lava Jato. Na média, foram três detenções de servidores por semana nesse período, informou o Estadão online.
No Paraná, dos 86 funcionários públicos detidos desde 2013, dois terços foram acusados de envolvimento com desvios de verbas públicas, fraudes em licitação ou corrupção – proporção acima da média nacional (45%). O Paraná lidera ranking nacional de prisões de agentes públicos envolvidos com organizações criminosas. Dos 86 funcionários públicos detidos no Estado desde 2013, dois terços foram acusados de envolvimento com desvios de verbas públicas, fraudes em licitação ou corrupção – proporção acima da média nacional (45%).
As técnicas da Lava Jato foram utilizadas em demais operações da PF feitas pela Superintendência do Paraná – cruzamento e análise de documentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU), além do uso de conduções coercitivas e de delações premiadas para desarticular quadrilhas. Segundo a PF, servidores são assediados pelas organizações criminosas.
O Estado do Paraná calculou a taxa de servidores presos por milhão de habitantes. Com esse critério, o ranking muda, e Roraima, Acre e Rondônia passam às primeiras posições. São os únicos da Região Norte a aparecer em destaque: as taxas de Amapá, Amazonas e Tocantins também estão entre as dez maiores do País.
A Região Norte lidera tanto o ranking em números absolutos (185 funcionários públicos presos) quanto à taxa de servidores presos por milhão de habitantes (10,6). A segunda maior taxa foi registrada pelo Centro-Oeste (9,4) e a menor foi a da região Sudeste (1,9).