Pelo menos 20 milhões de brasileiros podem adotar o teletrabalho ou home office como ocupação profissional, de acordo com estudo “Potencial de Teletrabalho na Pandemia: Um Retrato no Brasil e no Mundo” do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa analisou 434 ocupações e indica que um quarto das atividades poderiam ser realizadas remotamente.
A análise por estados revela desigualdades regionais. O maior potencial de teletrabalho foi identificado no Distrito Federal, onde 31,6% dos empregos podem ser executados de forma remota (em torno de 450 mil pessoas).
Na sequência vêm os estados de São Paulo (27,7% dos empregos, aproximadamente 6,1 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (26,7%, ou pouco mais de 2 milhões de trabalhadores). O Piauí é o que apresenta o menor potencial de teletrabalho (15,6% das atividades, ou cerca de 192 mil pessoas).
Os grupos da Classificação de Ocupações para Pesquisas Domiciliares (COD) com maiores probabilidades de teletrabalho são os de profissionais de ciências e intelectuais, diretores e gerentes e técnicos e profissionais de nível médio. “Se a ocupação envolve trabalho fora de um local fixo e operação de máquinas e veículos ela é considerada como não passível de teletrabalho”, explica Felipe Martins, que fez a pesquisa junto com Geraldo Góes, do Ipea, e José Antônio Sena, do IBGE.