Sequestro de barco humanitário gera críticas contra Israel

Greta Thunberg barco humanitário apreendido
Greta Thunberg quando era conduzida por agentes de segurança de Israel/Israel
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O veleiro Madleen, da “Flotilha da Liberdade”, levava 12 ativistas a bordo, entre eles a sueca Greta Thunberg

Por Misto Brasil – DF

Militares de Israel interceptaram e tomaram o controle na madrugada desta segunda-feira (08) de um barco de ajuda humanitária que se encontrava a caminho de Gaza.

O veleiro Madleen, da iniciativa internacional “Flotilha da Liberdade”, levava 12 ativistas a bordo, entre eles a sueca Greta Thunberg.

A interceptação do veleiro Madleen nesta segunda-feira foi criticada por grupos de solidariedade aos palestinos e pelos governos do Irã e Turquia, além da Autoridade Palestina e o Hamas.

Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, disse: “A jornada de Madleen pode ter terminado, mas a missão não acabou. Todos os portos do Mediterrâneo devem enviar barcos com ajuda e solidariedade para Gaza”.

O ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, que governa trechos não ocupados da Cisjordânia, agradeceu os ativistas pelos seus “esforços para romperem o cerco na Faixa de Gaza”.

O governo da Turquia se referiu ao episódio como “um ataque hediondo” e uma “violação do direito internacional”. A interceptação do Madleen ocorreu pouco mais de 15 anos depois que os comandos israelenses realizaram um ataque ao Mavi Marmara, um navio que também fazia parte da Flotilha da Liberdade.

Na ocasião, dez ativistas, todos de nacionalidade turca, morreram durante a interceptação da embarcação. O episódio provocou tensão nas relações entre a Turquia e Israel.

Imagens divulgadas pela “Flotilha da Liberdade” mostraram os ativistas com as mãos para o alto no interior da embarcação, enquanto uma voz ordena em inglês para que eles atirem seus celulares no mar.

Fotografias divulgadas pelos israelenses também mostraram militares no deque do navio, distribuindo água e comida para os ativistas.

Segundo o governo israelense, a embarcação será levada para o porto Asdode, no território de Israel, e os ativistas serão enviados de volta aos seus países de origem. Os israelenses não esclareceram se eles haviam sido oficialmente presos, mas disseram que todos estavam “seguros”.

A iniciativa Flotilha da Liberdade denunciou, em comunicado, o que chamou de “sequestro”. “Os militares israelenses atacaram o [veleiro] Madleen em águas internacionais”, diz o texto.

“O navio foi abordado ilegalmente, sua tripulação civil desarmada foi sequestrada e sua carga, incluindo fórmula para bebês, alimentos e suprimentos médicos, foi confiscada”, disse a iniciativa. “Israel está mais uma vez agindo com total impunidade.”

Em uma série de publicações na rede X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou iniciativa da Flotilha da Liberdade, chamando o veleiro Madleen de “Iate do Selfie” e pintando os ativistas como “celebridades” que tentaram encenar uma “provocação midiática com o único objetivo de ganhar publicidade”.

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