Estudo divulgado hoje adverte para a situação das crianças entre zero até seis anos de idade
Por Misto Brasília – DF
A taxa de pobreza entre as crianças de até seis anos de idade subiu de 41,5% para 44,7%. Além disso, o percentual de crianças em situação de pobreza extrema subiu de 11,7% para 12,7% entre 2020 e 2021.
Em termos absolutos, isso significa que em 2021 tínhamos 7,8 milhões de crianças em situação de pobreza, e 2,2 em situação de pobreza extrema. A linha de pobreza é de aproximadamente R$ 465 per capita e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$ 160 per capita.
O recorte utilizado é o da chamada “primeira infância”, que abrange as crianças de zero até completarem seis anos de idade. O estudo Pobreza Infantil no Brasil foi divulgado hoje (27) e foi elaborado por pesquisadores do PUCRS Data Social: Laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho.
A pesquisadora e professora Izete Bagolin “a exposição à pobreza monetária e as demais privações a ela associadas, nessa faixa etária que é a mais importante para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e não cognitivas de uma pessoa, é algo grave, que que traz prejuízos irreversíveis, e que comprometem não só o potencial da pessoa e de seus descendentes, mas também o potencial de desenvolvimento econômico do país”.
O pesquisador e professor Andre Salata afirma que 64,8% das crianças de zero até seis ano de idade vivem em domicílios que estão entre os 40% mais pobres do país, e somente 4,4% moram nos domicílios que compõem o estrato dos 10% mais ricos. Ou seja, as crianças estão sobrerepresentadas na base da pirâmide social.